A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), por meio da Mesa Diretora e do Instituto Memória, realiza de 9 a 13 de junho a exposição “Todos os Santos”, do fotógrafo Júlio Rocha. A mostra, aberta ao público no saguão principal da ALMT das 8h às 17h, é uma homenagem à cultura mato-grossense e ao legado das festas de santos, especialmente na Baixada Cuiabana.
Com mais de 35 anos de carreira, Júlio Rocha resgata por meio da fotografia o cotidiano das comunidades tradicionais da região. "Eu fui criado praticamente dentro de um laboratório fotográfico", relembra. Ao se mudar para Santo Antônio de Leverger, Rocha passou a registrar com sensibilidade e autenticidade as celebrações religiosas, que vão além da fé e se tornam reencontros de famílias, símbolos da resistência cultural e da memória afetiva coletiva.
“A festa de Santos é uma forma de reunir pessoas, lembrar da mãe fazendo o pão de queijo, do bolinho de carne, do churrasco pantaneiro. É uma festa universal, que resgata a identidade do nosso povo”, afirma.
Durante a abertura da exposição, na manhã dessa segunda-feira (9), o primeiro-secretário da ALMT, deputado Dr. João (MDB), destacou a importância de valorizar manifestações culturais como as registradas na mostra. “Hoje estamos respirando e transpirando cultura. Parabenizo o Júlio Rocha por esse trabalho tão bonito, que retrata o cotidiano da vida pantaneira, da Baixada Cuiabana, da região de Santo Antônio e Mimoso. Como político, temos o dever de incentivar e preservar essa cultura linda, que encanta todos que a conhecem”, declarou.
A deputada Janaina Riva (MDB) também elogiou a iniciativa e reforçou a conexão entre fé, cultura e história na região. “A cultura de Mato Grosso se mistura com a igreja católica, com a história dos cristãos do nosso estado. Parabenizo o Doutor João, o Júlio e toda a equipe envolvida. Que continuemos abertos para valorizar o que temos de mais bonito”, afirmou.
A abertuda da exposição "Todos os Santos" contou com a apresentação do grupo folclórico Araras Pantaneira, de Mimoso. A coordenadora do grupo, Neuza Moura, ressaltou o papel da dança e da fotografia no resgate das tradições. “É uma cultura alegre e bonita que não queremos deixar morrer. Participar dessa exposição é uma honra”, disse.
Também presente, a presidente do Instituto Cultural Vitória Régia do Pantanal, Creuza Lopes, reforçou a importância do apoio institucional à cultura popular. “Pedimos aos deputados que apoiem os grupos, por meio de emendas e projetos. O Siriri é uma das coisas mais importantes que temos, resgata a confiança, a autoestima. Essa participação aqui está sendo muito importante para todos nós”, afirmou.
O humorista mato-grossense Lioniê Vitório, (o Nico da dupla Nico e Lau), também prestigiou a exposição. “É um trabalho espetacular do Júlio Rocha, que fortalece a cultura popular e mostra ao público festas centenárias que reúnem famílias e preservam a identidade pantaneira”.
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